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A Reclear Capacitação Profissional, por meio de sua diretora, Mirieli Colombo, realizou no mês de novembro um treinamento de comunicação construtiva para os profissionais do SSI Saúde SSI Saúde, em Caxias do Sul.

A capacitação teve o objetivo de ajudar as pessoas a administrarem melhor os conflitos internos, realizarem os atendimentos e trocas entre as áreas de uma forma mais produtiva, aprenderem a dialogar sobre assuntos mais desafiadores com metodologia e equilíbrio emocional.

Agradecemos ao SSI pela oportunidade e confiança! E desejamos sucesso aos participantes em suas interações pessoais e profissionais que agora têm recursos para executarem com mais qualidade.

Exausto (a). Sozinho (a). Frustrado (a). É assim que você se sente nessa posição de super-herói (super-heroína) que você ocupa dia após dia. Você sofre das batalhas solitárias e diárias que enfrenta, não se permite sarar de suas feridas, nem enfrentar seus lutos, enquanto se preocupa em atender as demandas dos outros. Você passa tanto tempo fazendo pelos outros que se esqueceu que você também precisa de acolhimento, carinho, ajuda, cuidado… A mensagem de hoje é perceber e viver a humanidade em você.

Lembre-se que é de carne e osso. E está tudo bem quando você não está bem. Você não precisa dar conta de tudo o tempo todo. Aprenda a receber ajuda. Permita-se ser vulnerável, visto e amparado.

Saiba que você é a pessoa mais importante que existe. E que se colocar em primeiro lugar não é egoísmo é um sinal de amor-próprio e autoestima.

Você sabe que, em se tratando de comunicação, quanto mais claro e objetivo você for, melhor! Mas quando se trata de falar sobre você e sua história, cuidado para não simplificar demais e deixar sua mensagem incompleta.Isso acontece porque dentro da nossa cabeça algumas informações são óbvias e comuns para nós. Nesse caso use a estratégia do “e particular”, compartilhada no livro Conversas Difíceis de Bruce Patton, Douglas Stone e Sheila Heen. Ela inclui diversos sentimentos, percepções e suposições que fazem a diferença no diálogo.

Exemplo: “Eu percebo você uma das pessoas mais criativas que conheço E (nessa hora entra o ‘e particular’) também sinto que você poderia contribuir mais nos projetos que eu te chamo para ajudar”. Nesse caso, o “e particular” abordou uma percepção, mas também poderia contemplar um sentimento: “Eu percebo você uma das pessoas mais criativas que eu conheço e me percebo constrangido em dar ideias porque percebo que as sua são sempre melhores.”Você, ainda, pode trazer uma suposição à tona com essa estratégia. “Eu percebo você uma das pessoas mais criativas que eu conheço e, em alguns momentos, me sinto constrangida de dar ideias porque as suas são sempre melhores. Tu entendes que eu estou conseguindo contribuir nessas reuniões? Na tua visão vale a pena eu continuar participando?”.

Observe que incluir sentimentos e levantar hipóteses não é uma oportunidade para um espaço de vitimização, muito menos de extremismo (ou tudo ou nada). Somos sempre responsáveis pelo nosso mundo interno, isso inclui nosso sentir, no entanto, falar sobre isso com autorresponsabilidade gera resultados surpreendentes.

A Reclear, por meio de sua diretora Mirieli Colombo, realizou treinamento de Comunicação Construtiva, no dia 28 de outubro, para um grupo de líderes e analistas da empresa Roni Chaves. A capacitação durou 8 horas, ocorreu no auditório da organização e contou com a participação de 40 pessoas.

Agradeço pela oportunidade e confiança no meu trabalho. E desejo sucesso que a prática dos ensinamentos compartilhados gere resultados incríveis na vida de todos os participantes.

Eu sei que em algum momento você vai ter uma conversa difícil com alguém e é provável que a reação da outra pessoa seja um desastre. Mas eu sei também que se você deixar pra lá esse assunto e desistir de dialogar, a vida, o trabalho e o relacionamento não vai ficar melhores.

Sei, inclusive, que você corre o risco de parecer chato e incomodar trazendo essa questão antiga à tona. No entanto, se a sua intenção for nobre, vale a pena correr esse risco, com a estratégia de comunicação que eu vou compartilhar agora.

A abordagem mais fácil e assertiva é começar falando sobre como falar. Inicie dizendo “o modo como as coisas costumam acontecer quando tentamos ter essa conversa” e identifique isso como o problema (sem a intenção de ofender ou atacar o outro) e descreva isso como um narrador, fora da história:

“Tempos atrás, eu falei sobre onde deveríamos passar o Natal, se com sua família ou com a minha, e percebi que você ficou irritada e na defensiva, e nossa conversa se transformou em xingamentos e acusações, sem nenhuma solução. Não é minha intenção brigar, deixar você desconfortável ou brava. Ao mesmo tempo, isso é importante para nossa organização como família. Eu me pergunto se não poderíamos conversar sobre como cada um de nós reage a essa conversa e se não existiria uma forma melhor de resolver essa questão.”

À medida que vocês começam a compartilhar as suas histórias (como cada um vê e o que sente sobre esse cenário), vocês podem falar sobre as experiências do passado que explicam porque vocês veem sob esse ponto de vista.

Nessa hora, sua parceira poderá lembrar que os últimos três natais foram na casa dos sogros e que sente falta de estar com seus pais e irmãos. E você poderá argumentar dizendo que vocês passam a maior parte dos domingos e feriados com a família dela ao longo do ano e que esse é o único momento de convívio com sua família, já que eles moram longe.

Então, vocês percebem que passar mais tempo com os pais é uma necessidade que vocês dois têm em comum. A partir daí, juntos, vocês podem pensar em um plano que permita que ambos fiquem satisfeitos e felizes.

Experimente!

Algumas conversas difíceis tem o objetivo de solicitar a realização de um desejo, como um aumento de salário, por exemplo. Vou usar esse exemplo para compartilhar uma estratégia de comunicação que funciona muito bem. Contudo, antes de se dirigir ao outro, lembre-se que não se trata de uma exigência e sim um pedido.

Você vai convidar o outro a fazer uma análise para saber se seria adequado você receber um aumento, se faria sentido. Essa reflexão permite que você esteja mais em contato com a realidade, já que seu líder tem informações mais completas sobre a situação da empresa do que você.

No seu íntimo você sabe disso, e esse é um dos principais motivos pelos quais pedir um aumento eleva tanto a ansiedade. E aqui vai a estratégia na prática: substitua o “Acredito que mereço um aumento” por “Eu gostaria de analisar se faz sentido eu receber um aumento. Pela minha autoavaliação, creio que nesse momento seja adequado, sim. (Eis aqui meu raciocínio.) Gostaria de saber como você enxerga isso.”

Essa mudança aparentemente pequena ajuda não apenas a reduzir o estresse como também a dar início à conversa de forma mais equilibrada.

Ao final da conversa, você pode descobrir que não faz sentido esse aumento como pensava (e descobrir o que precisa acontecer ou fazer para isso ser possível) ou que merece um salário ainda maior do que julgava a princípio.