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Março chegou. Um ano se inicia com velhas dificuldades… Dificuldades que não são de agora. Deixamos de prestar atenção em nós mesmos e estivemos com o piloto automático ligado, considerando que pequenas questões afinal, não impactariam de forma significativa no todo. É o somatório de pequenos deslizes (não vi, não percebi, não fiz, amanhã eu decido…) que está fazendo um grande estrago.

A situação atual tem gerado medo; medo de investir, de não conseguir e de não saber. O medo tem funções positivas, entretanto, quando de forma exagerada exerce impacto negativo sobre as pessoas e organizações, causando enrijecimento e um “entrar no atoleiro”, dificultando a movimentação em direção à produtividade e ao resultado.

O antídoto para a rigidez e para a dificuldade de se adaptar, a nosso ver, chama-se AGIR. Agir no sentido de buscar conhecimento, porque sem norte gera maior confusão. O aprimoramento, começando pelo autoconhecimento, é o alicerce de todas as conquistas. Descobrir os nossos talentos, o que precisamos melhorar, qual é nosso “calcanhar de Aquiles” (a fragilidade que pode colocar tudo a perder), como somos percebidos e quais são nossos rótulos são questões decisivas que impactam, mais do que nos damos conta, no dia a dia. Isso vale para o universo dos indivíduos, com suas relações interpessoais, assim como para as organizações, que necessitam saber o que se propõem a ser e onde querem chegar.

Quem esperar o momento ruim passar para começar a se mexer, poderá ficar no atoleiro por muito tempo. É necessário começar a plantar hoje para colher amanhã. Quais as conquistas que pretendes para este ano, para daqui a dois, cinco anos? O que é vital fazer neste momento para chegar lá, do jeito que você espera e sonha? São detalhes, pequenos movimentos, que, somados, se tornam atitudes, grandes mudanças e representam guinadas necessárias na vida e nos negócios, e podem parecer impossíveis num primeiro momento. Todavia, a impossibilidade é formada por crenças que nos foram passadas e nos restringem. É importante saber quais as crenças que nos auxiliam e as que nos fazem ter dúvidas de nós mesmos.

Somos seres dotados de múltiplas possibilidades, capazes de escolher, de decidir e assumir as responsabilidades e consequências de nossas escolhas. O que poucos sabem é que precisamos nos esforçar para criar e colocar “ferramentas” em nosso interior para que possamos, nos momentos de dificuldade e angústia, acessá-las, tendo os recursos necessários para tolerar e suportar as mudanças e adversidades, que sempre existirão.

Como se consegue isso? É possível encontrar o autoconhecimento e conquistar essas ferramentas emocionais de diversas formas. Por exemplo, em um debate com amigos, em feedbacks que recebemos, em formações que investimos, em processos terapêuticos na busca de nós mesmos, em livros e filmes, em um retorno de avaliação de performance, no processo de coaching e em uma conversa com pessoas com mais sabedoria e conhecimento.

Vale lembrar que o retorno sempre será proporcional ao investimento, e, mais, não devemos esperar o momento ideal, pois provavelmente ele não existirá. Só existe um tempo disponível: o aqui e o agora!

Somos seres com muitas, e ricas possibilidades. O sucesso e a felicidade que queremos estão em uma busca individual, que é pessoal e intransferível. Não existem atalhos, tampouco soluções mágicas. É preciso arregaçar as mangas e assumir a liderança do próprio destino. O importante é começar. Não se chega à Antártida sem “colocar o barco na água”. Só assim, o medo deixará de ser um fantasma, que surge e rouba nossa energia.

Para 2016 invista em você, que é o que realmente importa!

Márcia Zanrosso Martini e Mirieli Colombo

Diretoras da Reclear