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A diretora da Reclear Márcia Zanrosso Martini, consultora organizacional, psicóloga clínica e coach de carreira e liderança participou da 13ª edição da Revista Estilo A, uma publicação trimestral da Atena Incorporações. Ela escreveu artigo exclusivo para a revista e escolheu promover uma reflexão nos leitores a respeito da importância do autoconhecimento.

Confira abaixo o artigo completo!

O caminho mais longo*

Quem tiver a coragem de viajar em seu interior vai encontrar o pote de ouro no final do arco-íris, que se chama autoconhecimento. Nossa felicidade e sucesso depende de quanto estamos dispostos a mergulhar para dentro

 Por Márcia Zanrosso Martini

O homem foi e voltou do espaço atingindo distâncias da Terra nunca antes imaginadas. Entretanto, o caminho mais longo que poderemos percorrer em vida será a viagem para nosso próprio interior. Uma experiência que poucos se oportunizaram e, sem dúvida, é a mais significativa e importante de todas. Dentro de nós está o tão desejado pote de ouro do final do arco-íris, onde encontramos as ferramentas para a desejada felicidade, a plenitude, o sucesso profissional e a família dos sonhos. Uma missão que exige dedicação, tempo, perseverança e paciência.

É lindo o desvendar do que somos, levando em conta o que trazemos na bagagem: genes, antepassados, crenças, valores, cultura de país/estado/cidade, criação e personalidade. Esses fatores combinados é que nos torna únicos e exclusivos, donos de tantas nuances, comportamentos, possibilidades, reações, escolhas. Ao mesmo tempo em que surgem semelhanças entre pessoas que não necessariamente trazem o mesmo DNA, geneticamente falando. Irmãos que se encontram por afinidades, por similaridades.

O processo de descoberta, de nos conhecermos com profundidade, envolve muita coragem e energia, a fim de investir e encarar um “eu” que é real e, às vezes, não é tão bonito quanto gostaríamos que fosse. Não raro percebemos pessoas que julgam ser assertivas, proativas ou qualquer outra característica que podemos citar positivamente, para na verdade descobrirem que são, aos olhos dos outros, “chatas, donas da verdade e que não escutam”. O inverso também ocorre quando, por baixa autoestima ou falta de olhar para si, não reconhecemos nossas qualidades e talentos, que são verdadeiros tesouros.

A falta de autoconhecimento dificulta a percepção, a comunicação e a resolução de conflitos e causa mais impactos nas nossas relações do que imaginamos. Isso acontece porque sem nos reconhecermos, muitas vezes colocamos a culpa de nossas dificuldades em alguém, não identificamos porque sentimos raiva ou tristeza e o que tem a ver conosco e não com o outro. Ora nos colocamos como vítimas ora como algozes.

O autoconhecimento nos traz a segurança de sermos pessoas mais inteiras, que conseguem estabelecer relacionamentos saudáveis com os demais. Relacionamentos em que aprendemos e ensinamos, com possibilidade de diálogos, de poder expressar o que pensamos e sentimos, e capacidade para ouvir e acolher o outro. Essas relações se baseiam em confiança, transparência, cumplicidade e intimidade. São as mais lindas de viver!

Pessoas inteligentes emocionalmente, bem-resolvidas e confiantes sabem que não precisam aprender e crescer pela dor, mas sim pelo amor! O mergulho dentro de si é uma experiência libertadora, que só pode ser vivenciada por quem aceitar o convite de explorar o caminho e estiver consciente que o “ter” somente faz sentido depois do “ser”.